Enviados para Evangelizar

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. . ."

Texto: (Amós) Am 7, 12-15

O trecho de Amós narra o encontro de Amasias, sacerdote de Betel, com o profeta, considerado originário de um país estrangeiro. É o choque entre o sacerdócio oficial, ligado à instituição, e o ministério profético, consciente de sua independência diante do poder civil e religioso. Interpelado, Amós declara que não é profeta por profissão, mas o é porque Deus interrompeu bruscamente o curso de sua vida, tomando-o para uma missão específica.

O vento sopra onde quer. E nenhuma pressão humana pode bloquear sua ação. Veja o exemplo de Amós, ele não é como Amasias, profeta pago pelo rei, “capelão da corte”. Foi escolhido por Deus, e está, portanto, livre de ligações humanas; é condicionado exclusivamente pela verdade, pela fidelidade a Deus, que o escolheu.

O Profeta tem uma vocação especial, ou melhor, uma missão, que o põe numa situação especial, não análoga a nenhuma outra profissão humana. Trata-se de alguém aparentemente desarraigado de seu mundo e de si mesmo, e disponível para anunciar uma Palavra que não é sua, mas de Deus.

Precisamos aprender a alcançar o Ministério que Deus tem na vida de cada um de nós, que é algo pessoal; não depende de pai, de mãe, de esposa, de filhos. Repetimos, ministério é algo pessoal; é o chamado de Deus na vida de uma pessoa, e isto não depende de ninguém.

O que o Senhor requer de cada um de nós é o despojamento de si mesmo, colocando a nossa confiança, não nas nossas próprias capacidades. Cada um de nós é chamado a colaborarmos para a construção de uma história em cujo termo está o encontro com o Pai. A incapacidade de resposta de cada ser humano é superada pela redenção mediante o sangue do Filho bem-amado, e o dom do Espírito Santo, que libera em nós os seus carismas, sua força e o seu poder. Isto, para que possamos anunciar a Santa Palavra do Senhor Jesus.

A Palavra de Deus e o seu Reino não se devem confundir com os meios, com os nossos planos, com as nossas estratégias. Quando confiamos demasiadamente em nossos meios (capacidades, palavras, dinheiro, alianças, organizações poderosas, acordos diplomáticos), substituindo o divino pelo humano, sua mensagem fica mutilada. Perde o vigor.

É absolutamente necessário, que a ordem do Senhor Jesus de ir ao mundo e pregar a Boa Nova da Salvação encontre muitos corações generosos e dispostos a aceitá-la. E que o nosso Ministério tenha sempre a consciência de que a sua primeira missão no mundo é pregar o evangelho.

E que cada um de nós tenha sempre o pleno entendimento que, Ministério é revelação pessoal àquele que tem o chamado. Se Deus quer contar com a nossa vida para trabalhar em Sua Seara, Ele tratará individualmente e não com outras pessoas. O Senhor trabalhará em nossa vida até se revelar, se deixar entender completamente, exatamente, aquilo que Ele tem com cada um de nós.

Que nossa compreensão nos leve ao entendimento que fomos escolhidos por Deus, e que devemos estar condicionados exclusivamente pela sua verdade, pela fidelidade ao seu Projeto. E que cada um de nós, guiados e conduzidos pelo Espírito, saibamos trabalhar pelos valores de liberdade, justiça, paz, fraternidade, comunhão, vida, amor, alegria, que constituem a bem-aventurança do homem completo segundo o plano de Deus. Uma comunidade dos que crêem e caminham nesta direção – isto é, aberta ao mundo, a serviço de todos – torna-se testemunha da nova humanidade realizada em Cristo Jesus.    

Site da Igreja Batista Renovar - I B R